NO TEMPO DAS CARRETERAS – MUITO ANTES DOS ANOS DOURADOS
A origem
As famosas carreteras brasileiras, nasceram no Rio Grande do Sul por volta de 1937 pelas mãos do grande Às do Volante João Caetano Pinto, que foi um dos fundadores da vitoriosa Escuderia Galgos Brancos. Esta escuderia teve entre várias vitórias as seguintes: Raid Montevidéu - Rio de Janeiro (1937), Prova Washington Luiz (1949), Grande Premio Getulio Vargas (1951) e 1ª, 3ª e 4ª Mil Milhas Brasileiras ( 1956/1958/1959 ).
As primeiras carreteras eram oriundas de carros normais de linha sem grandes alterações, mas com o tempo na busca de conseguir maiores velocidades, os carros foram sendo aliviados dos seus para lamas, estofamentos ficando restritos aos chassis e estreitas carrocerias. Finalmente com o surgimento em 1950 de novos motores “V8” Ford e Chevrolet, um novo impulso foi dado originando as “carreteras coupés” que alguns de nós (fanautos e hiperfanautos) tivemos a felicidade de vê las voando no autódromo de Interlagos e em circuitos de rua de cidades do Rio Grande Sul, Santa Catarina e Paraná e do interior de São Paulo. Já no final dos anos 50, com o surgimento dos motores “V8” Corvette e a maior disponibilidade dos componentes de alta performance Edelbrock para motores Ford, as carreteras atingiram o seu apogeu de desenvolvimento, destancando entre elas: a famosa carretera Chevrolet Corvette 18 do “Lobo do Canindé” - Camilo Cristofaro, a carretera FORD 2, tri campeã das Mil Milhas Brasileiras nas mãso de Aristides Bertuol e Catarino Andreatta, a veloz Chevrolet Corvette 34 de Caetano Daminiani vencedora de várias provas do Campeonato Paulista de Força Livre e a histórica Chevrolet Corvette 50 campeã das Mil Milhas Brasileiras de 1965 nas mãos de Justino de Maio e Vitório Azalim Jr.
O final
A partir de 1966, começava a despontar no cenário nacional carros mais leves e com soluções mecânicas mais modernas quase sempre apoiados ou representando os departamentos de competição das fábricas de automóvel aqui no Brasil ou mesmo carros de marcas esportivas internacionais consagradas oriundos de importação autorizada pelo governo para prática exclusiva de esporte, dando inicio a era dos Anos Dourados e crepúsculo do Tempo das Carreteras.
(fontes: Enciclopédia Abril do Automóvel, livro Automobilismo no Tempo das Carreteras de Luiz F. Andreatta e Paulo Roberto Renner e Arquivo Particular do autor deste blog, contendo Reportagens das Mil Milhas Brasileiras. )